segunda-feira, 16 de julho de 2012

Monteriggioni


"... però che, come in su la cerchia tonda
Monteriggion di torri si corona,
così la proda che 'l pozzo circonda
torregiavan di mezza la persona
li orribili giganti, cui minaccia
Giove del cielo ancora quando tona..."

Monteriggioni, Siena
        Explorar a Toscana é sempre uma delícia e uma aventura; Como existem centenas de pequenas cidades, todo final de semana acontece algo, seja uma Sagra (festa típica), seja uma festa dedicada a algum santo ou ao início de verão, enfim... a verdade é que por essas bandas qualquer coisa é motivo para fazer uma festa, com boa comida, música e animação!
        Esse final de semana foi a segunda (e última!) parte da festa medieval de Monteriggioni, uma cidadezinha micropequenina e maxifofa!
        Construída em 1213, no topo de uma colina, com o objetivo de defender Siena principalmente de Florença e Volterra (Siiiim, a Itália foi unificada apenas em 1929, com o Tratado de Latrão, antes disso as cidades defendiam seus territórios umas das outras). Monteriggioni fica na província de Siena, tem  14 Torres e apenas duas portas, uma chamada Porta Fiorentina, também chamada S. Giovanni (no mapa abaixo: di Ponente), mais ao norte, "olhando" para Firene e a outra, Porta Romea ou Franca, mais ao Sul, "olhando" para a capital do país (tem uma outra Porta, mas sempre fechada, por isso chamada Porta Murata). Entre as portas utilizadas, praticamente em linha reta,  passa a Via Primo maggio, onde moram seus 42 habitantes (uhum, fiquei chocada também, só 42 pessoas!).
No mapa abaixo, dá pra ter idéia do tamanho da cidade.

        
        Nos dois primeiros finais de semana do mês de Julho, ocorre o principal evento da cidade,  o Monteriggioni di Torri si Corona, para relembrar duas grandes batalhas ocorridas na região no período medieval. O título da festa é inspirado nos versos de Dante, em A Divina Comédia, que iniciam esse post. Na ocasião todo o borgo se transforma em uma verdadeira vila medieval. Os moradores "entram no clima" e encaram os personagens. Religiosos, artesãos, nobres e plebeus caminhando pelas ruas, vestidos a caráter , fazendo de conta que estão num dia comum no ano de 1213 e os guerreiros se preparando para as batalhas...
         É como voltar no tempo, desta vez, em companhia dos moradores!
Divulgação do evento, este ano de 2012, o subtítulo é Inferno e Paraíso!
         Descobrimos a festa no domingo e, ao mesmo tempo que ficamos tristes por não termos tomado conhecimento antes, ficamos felizes por ainda ter tempo de ver um tiquinho... nem pensamos, FOMOS!!!
         Monteriggioni fica a duas horas de Pisa, saímos às 16h, chegamos às 18h e o "mar" de carros, que tomava a enorme área, deixava claro que todo mundo sabia que Monteriggioni, naqueles dias, estava em festa! Entramos na mura e um "mendigo" (um jovem ator, ótimo, por sinal!) passou por nós pedindo monsregionis, moeda cunhada especialmente para festa, dentro do Borgo só se aceita a moeda antiga (Um Euro = um Monsregionis, abrev: Gr).


Monsregionis! A maior vale Gr 5, a média Gr 2 e a menorzinha Gr 1
NósDaqui! ;-))
        O som dos tambores avisavam que algo estava acontecendo na Praça a nossa frente, fomos conferir, era a côrte entrando. Depois da apresentação fomos conhecer a cidade e percebemos que, de fato, toda a cidade estava mesmo fantasiada! Vimos muitas lamparinas e imaginamos que, à noite, nada de luz elétrica. Massa! Um casal passa pela praça puxando um burrinho e seu filhote. Um poeta recita versos de Dante, enquanto seu ajudante passa o chapéu "- uno monsregione, per Dio!", "nobres" conversavam apenas entre eles, com um ar bossal, uma graça! Os "soldados" sempre de cara amarrada, as damas sempre juntas! Parecia um filme, e o melhor, estávamos dentro dele!



Apresentação da Côrte

As duas fotos da esquerda são jogos medievais. O objetivo, no labirinto, é fazer a bola chegar na extremidade. Já no segundo jogo, pelas varas passa uma bola, o objetivo é abrir as varas e fazer com que a bola caia dentro do copo! As fotos da direita: a de cima é uma lavanderia e a de baixo, um "ferreiro" moldando o ferro e fazendo armas e outros objetos.

As fotos de cima são as crianças fazendo farinha de pignoli, abaixo uma banca de pães e um comerciante de armas (de brinquedo, claro! Mas ele agia como se você fosse, de fato, um cavaleiro!!!)

A farmácia de antigamente...
Uma banca vendendo bolo e vinho artesanal... bem, vinho não é o meu forte, já o bolo de pignoli estava ótimo!!!

        E para comer? Na taberna, nada de fogão ou geladeira. Uma grelha preparava as carnes, servidas em louças de barro (comprava-se a louça também, mas podia-se devolver a louça e pegar o dinheiro de volta!). Para beber, água e vinho, em temperatura ambiente, só! Um feijão branco delicioso, muito parecido com a nossa dobradinha, era servido acompanhados com pão e com talheres de madeira.
        Castanhas, amêndoas, pignoli, frutas e queijos eram as opções para um lanchinho!
        As mesas enormes com bancos inteiros obrigavam os visitantes a compartilhar o espaço e propiciavam a conversa...
La Taberna
Olha o cardápio da Taberna!
Auguri! ;-)

        No centro do Largo Fontebranda, estava disposto um caixão rústico para quem quisesse se aventurar numa foto... tocamos e seguimos!
Eu e Lala, tentando tirar fotos com os nobres... pensa que eles paravam pra tirar? Nobres, meu bem, nada de se misturar!!!
Cavaleiros treinando no alto do muro

        Em cada praça, em cada rua, uma apresentação diferente. Essa banda (que não sei o nome!) animava sempre!


Marcelo se aventurando numa sangria di frutti di bosco e eu num creme de avelã!!!
Venda de armas brancas para decoração
        Depois nos acomodamos na Piazza Roma onde teve espetáculos de acrobacias com palhaços, engraçadíssimos e carismáticos, batuque em pernas de pau, ilusionista, uma apresentação inesquecível de falcoaria (falcões e corujas adestrados que davam rasantes pelo público, massa e lindo!), a conclusão do espetáculo que iniciou no primeiro dia, dos seis dias de festa, Inferno e Paradiso, que mostrou um mix de pirotecnia, pernas de pau, dança, acrobacias, um figurino rico e colorido, com máscaras ora lindas ora assustadoras e concluiu com um show de fogos de artifício!
       Bem, no fim do dia a máquina fotográfica descarregou e não temos essas imagens, infelizmente... Mas sabendo que o tempo caminha numa só direção, essa sensação de viver no passado, mesmo que por uma noite, mesmo que de mentirinha, será inesquecível!


domingo, 15 de julho de 2012

Descobertas musicais nas Itálias!!!

Diretamente da Wikipédia:
"Arisa (nome artístico de Rosalba Pippa) é uma cantora Italiana nascida em Génova, em 20 de agosto de 1982. Uma semana após seu nascimento, a família retornou à cidade natal original deles, Pignola, uma vila a alguns quilômetros de Potenza. O seu nome artistíco é um acrônimo dos nomes dos membros da família dela: A de seu pai, Antonio; R de seu próprio nome, Rosalba; I e S das suas irmãs, Isabella e Sabrina; e A de sua mãe, Assunta.
Em 1999, ela ganhou o primeiro prêmio no Festival de Música Cantacavallo em Teggiano (SA) pela sua memorável habilidade para cantar. Presidente do júri do Festival, a jornalista e escritora Bianca Fasano, fez questão de entregar-lhe o prêmio pessoalmente.
A fama de Arisa surgiu em 2009, após sua participação no Festival de Sanremo. Ela ficou em primeiro lugar na seção 'Newcomers' e ganhou o Prêmio 'Mia Martini' das Críticas com a música "Sincerità".
No início de 2009, ela lançou seu primeiro álbum, chamado Sincerità.
Em 21 de junho de 2009, Arisa participou do show beneficente "Amiche Per L'Abruzzo", organizado pela cantora Laura Pausini para levantar fundos para a reconstrução da cidade de Áquila, devastada por um terremoto."
A primeira música que ouvi de Arisa foi L'Amore è un'altra cosa, que está tocando em todas as rádios daqui; Estava em Firenze, numa dessas idas à Questura. Entrei num café para usar o banheiro (:-0 nada lindo, hein?!) e tocava a tal música. Apaixonei- me pela voz... Perguntei à garçonete quem estava cantando e ela disse "Arisa". Daí foi só devorar o Youtube para ver se era "cantora de uma única música"; não é!
Abaixo, o link de quatro músicas dela, incluindo a que me chamou atenção durante o xixi!!!!!!!



Sinceridade

Sinceridade agora é tudo simples assim
Com você que é o único cúmplice
Dessa história mágica
Sinceridade um elemento imprescindível
Pra uma relação estável
Isso nos remete a eternidade

Agora é uma relação de verdade, mas partimos do zero
No início havia pouca razão, no momento da paixão
Fazer e refazer o amor, por horas, por horas, por horas
Ter poucas coisas para dizermos, medo de nos arrependermos, por vezes
E eu com as minhas variações de humor
E você com as notícias de costume
Nos deixa em casa duas semanas
Mentiras pra não me fazer sofrer, mas às vezes era melhor morrer

Sinceridade agora é tudo simples assim
Com você que é o único cúmplice
Dessa história mágica
Sinceridade um elemento impescindível
Pra uma relação estável
Isso nos remete a eternidade

Agora parecemos dois amigos, agora nós somos felizes
Se brigamos isso é normal, mas depois sempre fazemos amor
Falando de tudo e de todos, fazemos dois mil projetos
Você às vezes volta a ser criança, te aperto e te tenho por perto

Sinceridade descobre-se todos os pontos fracos
Ter sonhos como estímulos
Apontando para a eternidade

Agora você é meu e eu também te amparo
Com nossas mãos juntas verão onde iremos
O sonho vai até onde eu for a rainha e você o rei
Essa história sempre acaba na satisfação

Sinceridade agora é tudo simples assim
Com você que é o único cúmplice
Dessa história mágica
Sinceridade um elemento impescindível
Pra uma relação estável isso nos remete a eternidade
Isso nos remete a eternidade, isso nos remete a eternidade

Eu sou

Às sete já me levanto, então
Preparo o meu almoço, porque
não como em casa nunca
e também meu namorado
se agita como um louco
me diz "-Fica tranquila e vai!

Porque umas vezes eu me rendo
Outras vezes não acredito
Me parece tudo uma mentira
Mas tenho um sonho que
São necessidades
Que enchem a minha vida

E quando se organiza
A noite entre um copo e uma risada com os amigos
Me dou conta que não preciso
E que toda essa vida
É um grande jogo

Eu sou uma mulher
Que acredita no amor
Que quer o seu homem
E quer só para si
que quer ser mãe
Porque a minha mãe
é a coisa mais linda
que existe
Eu gosto de Natal, domingo na praia, levantar da mesa por volta das três
Porque a família é uma maravilha
gostaria de ter uma pra mim

A minha geração espera uma renda
Isso não chega nunca
Com o acordo permanece e Depois
Há o aluguel de uma vida pra pagar
Mas eu não choro Em aceitar o compromisso
Gosto de tudo o que tenho
Porque a vida é um dom
E eu acredito no bem do que
Eu fiz e farei.

E isso os amigos não podem dar
Eu vou continuar a Sonhar com uma casa que tem uma varanda
Com plantas e uma grande cozinha, porque...

Eu sou uma mulher
Que acredita no amor
Que quer o seu homem
E quer só para si
que quer ser mãe
Porque a minha mãe
é a coisa mais linda
que existe
Eu gosto de Natal, domingo na praia, levantar da mesa por volta das três
Porque a família é uma maravilha
gostaria de ter uma pra mim


Mas o Amor, não!

Pode explodir em um instante, o Sol
Tudo pode acabar
Mas o amor, mas o amor, não!
Março de 2087
Nuvens pesadas no céu, tão longe
Meu neto está na lua
Emigrou para tentar a sua sorte
Na terra estão só aqueles que não podem fazê-lo
Ouvindo tantas verdade falsas

Pode explodir em um instante, o Sol
Tudo pode acabar
Mas o amor, mas o amor, não!
até os gramados renunciam as flores
Por que as flores perderam a cor
Mas o amor, mas o amor, não!

Resta a esperança de mudar
Como o medo de ter de permanecer
Meu marido está sempre perto
Ele diz que voltará novamente aos céus
Então, à noite por medo de agradar a Deus
Fugir e deixar tudo no esquecimento

Pode explodir em um instante, o Sol
Tudo pode acabar
Mas o amor, mas o amor, não!
Até os gramados renunciam as flores
Por que as flores perderam a cor
Mas o amor, mas o amor, não!

E às vezes você está muito perto
Às vezes, você só está
Por que me é bastante que você esteja por perto
Pra mim é suficiente você
A dor pode nos fazer cair
Esperança pode desaparecer
Mas o amor, o amor, não!
Tem que voltar a sorrir
Tome uma estrada segura
Sim, o amor, o amor pode sim!

Pode explodir em um instante, o Sol
Tudo pode acabar
Mas o amor, mas o amor não
Até os gramados renunciam as flores
Por que as flores perderam a cor
Mas o amor, mas o amor, não!


O amor è uma outra coisa

Simples, tudo parecia tão simples
Para aqueles que acreditam em contos de fadas, como nós
Tentando uma outra verdade.
Sinto que estamos perdendo algo
Que há sempre uma desculpa
Que a alegria é ofensa
Que não há uma faísca
Que está fora da estrela
Mas culpa não tem
A noite agora é muito silenciosa
O amor é uma outra coisa, amor é outra coisa, o amor é outra coisa

Útil, agora todos dizem que é útil
Vai doer nessas almas frágeis
Mais 'do que qualquer outra verdade'

É que uma parte do coração
Sempre vai ser sempre suspensa
Sem fazer barulho
Como se em espera
De um raio de sol
Que era eu e você
Sinto que estamos perdendo algo
Que há sempre uma desculpa
Que a alegria é ofensa
Que não há uma faísca
Que está fora da estrela
Mas culpa não tem
A noite agora é muito silenciosa
O amor é uma outra coisa, amor é outra coisa, o amor é outra coisa
Você me diz que acredita naquilo que não vê e também...
É que uma parte do coração
Sempre vai ser sempre suspensa
Sem fazer barulho
Como se em espera
De um raio de sol
Que era eu e você

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Roma - A cidade eterna. Ou seria térmica???

        :-) Oies! Estava sumida, certo?! Mas o título do post já explica tudo. Estávamos em Roma. Em Roma!!!! :-)))  Mas vamos começar do começo (!). Marcelo tem dupla cidadania, é brasileiro e italiano (uhum, Labanca!). Eu e Laís viemos pra cá como estrangeiras, com visto dado pelo Consulado da Itália em Recife (por isso tivemos que ir na Questura, lembram? Fiz um post sobre a Questura... ai ai a Questura argh!), mas o Consulado não pode dar visto para Tuco e Mila, já que são italianos ("Filho peixe, peixinho é"; Nesse caso, o peixe é Marcelo! :-0 rsrsrs) e os passaportes italianos deles não ficaram prontos (porque o Consulado envia para Roma, que transcreve e manda de volta, enfim...). Eles entraram com o passaporte brasileiro, sem visto (como turista), ou seja, 90 dias de permanência, apenas.
        Fomos a Roma resolver isso, tentar agilizar os papéis para que os pequenos não fiquem ilegais e, lógico, fomos numa quinta à noite para fazer a burocracia na sexta e aproveitar o findi na Cidade Antiga.
        Não se conhece Roma em três dias, de-fi-ni-ti-va-men-te. Acho que nem os romanos conhecem Roma! Ali, os livros de história ganham forma. Lóooogico que li um monte quando decidimos que iríamos e fiz roteiros das nossas prioridades curiosísticas (heheh bem no estilo Odorico Paraguaçú!).          
        A cidade nos rendeu: os documentos das crianças (Siim, conseguimos! E eu
já contei o final do post!!!), quase 1500 fotos (portanto dividirei Roma em vários post's), dores na perna de tanto andar, o maior calor das nossas vidas (e olhe, tudo nordestino da gema!), a melhor pizza da Itália (até agora!), o posto de "melhores pais do mundo" (passamos uma tarde num parque aquático), um encontro massa com Pe. Pedro, que estava na cidade por conta de compromissos de trabalho, muitas risadas e um banho de história!

        Senta que lá vem a história... :-))
        Chegamos em Roma na quinta à noite e fomos para o apartamento que tínhamos alugado pelo site home away (ótimo!). O ap era muito bonzinho e tinha tudo, ficamos bastante satisfeitos, com aquela sensação de ter feito um bom negócio, sabe?! Fomos dormir, exaustos da viagem de carro e do estresse do trânsito de Roma (Siiiiim, o mais caótico da Itália. Nãããão, o de Recife é pior!!!).
        Acordamos e descobrimos que era feriado em Roma (dia de San Pietro, padroeiro da cidade...) hã??? Tudo fechado! "-Segunda a gente vai cedo pra Comune e volta pra Pisa de tarde, se a gente sair cedo, dá tempo de ir pra Universidade na parte da tarde!" Dizia eu para um marido preocupado... Bem, não nos restava muita coisa a não ser turistar. Como todo turista que se preze, pela primeira vez em Roma, queríamos ver o Coliseu!
        Paramos o carro próximo ao Monumento a Vittorio Emanuele II (1° Rei da Itália) e fomos explorar aquela área.


Eu e Ma

NósDaqui!

Compramos um óculos de Sol para Mila. Dá pra ver a empolgação nas fotos?!

Quem subir a escadaria primeiro ganha!!!

Eu e os pequenos



Dentro do prédio onde está situado o Monumento a Vittório Emanuele encontra-se o Museu Nacional da Emigração Italiana. Conta a um pouco da história dos Italianos pelo mundo, super vale a pena!!!

Mila impressionada com as malas e os baús, Tuco com o tamanho do livro, Laís atenta a história dos antepassados dos seus irmãos e Marcelo procurando em todo documento um "Labanca"!

O Brasil não foi um bom lugar para os italianos, ali, no museu, fiquei com um pouco de vergonha deste episódio na nossa história... os EUA e a Argentina eram os paraísos!

Caras & Bocas
          Saímos do Monumento e seguimos pela Via dei Fori Imperiali, com destino ao Colosseo. Construída por Mussolini e traçada em linha reta, essa via liga o Coliseu à Praça Veneza, onde fica o Monumento onde estávamos.

Início da Via del Fori Imperiali, atrás, à direita, a Coluna de Trajano (do ano 113. Não, não esqueci número nenhum, é cento e treze, mesmo!) Trajano foi um do maiores Imperadores de Roma. Ainda à direita, Chiesa Cattolica SS di Maria, e à esquerda, Chiesa di Santa Maria di Loreto. Nessa última estava acontecendo um casamento e lóooogico, vimos a noiva e fotografei tudo... num outro post!

 Foro e o Mercado di Trajano


 
        O Sol tava-que-tava, um calor insuportável, um dia lindo mas abafado, uma vontade de ver os pontos famosos de Roma... Esse mix fez com que nós fôssemos comprando itens de proteção dos ambulantes que estavam dispostos em lugares estratégicos: chapéu, água, água, água e (pasmem!) até sombrinhas japonesas (quem me conhece sabe que vai de encontro aos meus princípios kkkkk).
      Nesse dia, além do Monumento ao antigo Rei, vimos o Colosseo, o Palatino, o Foro Romano e a maior quantidade de excursões de japoneses que já vi na vida. Aliás, nunca vi tanta gente junta, o que contribuia para aumentar o calor e o abafado. Calor em diversas línguas!!!


        Il Colosseo, o antepassado de todos os estádios esportivos que conhecemos, fica no miolo de Roma, era chamado de Anfiteatro Flavio, pois foi construído pelos três Imperadores da Dinastia Flaviana (Vespasiano, Tito e Domiciano). A obra foi iniciada em 72 d.C. e foi inaugurada (ainda em obras, feito o Parque D. Lindú!!!) oito anos depois. Comportava 70.000 pessoas.
Depois, por volta do século VI, o prédio foi usado como fortaleza e na época do Renascimento, ele assumiu um papel curioso: fornecedor de material de construção já pronto para erguer alguns palácios finos & fofos da cidade!!!

Antes de entrarmos

Alguns homens se vestem de soldados romanos e se oferecem para tirar fotos. Pagamos dois eurinhos pela "gentileza"
Ah vá, vale! Só o calor que eles passam com essa roupa pesada...
dentro!


É Noixxx :-)

O centro do Coliseu é um monte de ruínas dos corredores que existiam embaixo da arena, propriamente dita. Antes, existia um palco de madeira, coberto de areia (Arena, em latim... capisce la parola?)
Circundando o danado! Clics de vários ângulos!

Eusíssima no cartão postal mais famoso da Itália, uma das sete maravilhas do mundo!!!
        Saímos do Coliseu esbafuridos de calor e sede, entramos na primeira cafeteria que disse "sim!" a minha pergunta: "Tem sorvete?". Tomamos o sorvete mais caro de nossas vidas: 10 euros! Acreditam? Nem eu! Só de lembrar que dava pra tomar cinco, do melhor do mundo, em San Gimignano rrrrrrrrrr. C'est la vie...
       De lá, fomos ver o Arco de Constantino. Os Romanos construiam arcos para celebrar as vitórias, as conquistas, os triunfos. Esse, do ano de 315, foi construído para celebrar a Batalha da  Ponte Milvio, quando Constantino, lutando sob a bandeira do novo Deus, derrota Maxêncio, seu rival pagão e declara que o Cristianismo é a nova religião do povo!!!



Detalhe: Mila exausta! Bem, mas um picolé cura tudo!!!
          Da coluna, seguimos para ver o Foro Romano, o principal centro comercial da Roma Imperial. É preciso muita imaginação para ver naquelas ruínas, a Roma antiga e o Fórum em seu tempo áureo, quando representavam o núcleo da capital do maior império do mundo! Achamos muito cansativo, muito quente, muita desidratação... kkkk Quero muito voltar ali, com um mapa de como era nas mãos, em dezembro, quando as temperaturas estão bem mais amenas, por hora, a experiência não foi boa!       
         Como disse Danuza Leão: "Quem tem boca vai a Roma mas quem tem juízo jamais em julho e agosto". Ela tem toda razão!

Olha como era...
Olha como é...
Olha NósDaqui! lá...

Ma

Tuco, numa recente escavação!
        Também conhecida como Igreja dos Capuchinhos, a Chiesa di Santa Maria Della Concezione é famosa pelo seu ossário. O Cardeal Capuchinho Antonio Barberine, irmão do então Papa Urbano VIII, ordenou que os restos de milhares de freis capuchinhos fossem exumados e transferidos para cripta. Os ossos foram colocados de maneira elaborada, o piso é de terra da Palestina e uma placa com uma frase escrita em diversas línguas se faz presente nos fazendo pensar na reflexão realista e assustadora: "O que você é agora, nós um dia fomos; o que somos agora, você será um dia". A macabra exibição inclui candelabros feitos de ossos humanos... aff!
       O próprio Cardeal está enterrado lá. Em sua lápide, no altar mór, está escrito "Hic jacet pulvis, cinis, nihil" (aqui jazem pó, cinzas e nada).
      Só descobri que as fotos não são permitidas, depois de fazer a segunda, mas se você procurar no google imagens vê bastante coisa. Abaixo, as fotos no Museu que antecede a cripta e as duas que fiz na inocência!

No centro, Laís enrolada numa toalha, o short dela foi vetado pelo padre... é uma igreja, enfim...!

Bem, quem quiser/conseguir pode ver arte, crença, expressão. Eu, particularmente, vi apenas algo muito bizarro!!!

       Conforme prometido às crianças, e devidamente motivados pelo calor sufocante da capital italiana, fomos todos a um parque aquático!!! Aqui, eles têm preços menores para quem entra à tarde. Aproveitamos a promoção e, de quebra, fizemos uma média com os pequenos que estavam "azedos" de ver tanta ruína e com Lala também, que reacendeu a cor da sua brasilidade. kkk Falei bonito, diga aí?! #Sereiduramentecriticadaporisso! kkkkkk
O parque tem um miniminiextramini zoo.

Pela disposição de Mila em tirar fotos dá pra calcular a alegria!
        Depois do Parque, de protetor solar e cloro na pele, fomos comer uma pizza num restaurante indicado pelo guia da Publifolha (onde também me informo sobre os detalhes das atrações #livrodecabeceira!). Pizzeria  Ivo, em transtevere. Comemos a melhor pizza (até agora!) da Itália. Fininha, crocante, com um molho maravilhoso... a pizzaria é simples, aconchegante, com uma foto de Ivo e Pelé na parede rsrsrs e um precinho óoootemo! Recomendo vivamente!


                 Depois da pizza, uma voltinha para fazer a digestão e ver a cidade à noite...

Ponte Garibaldi, uma das tantas que corta o Rio Tevere, atrás, a Ilha Tiberina.


Na Piazza Farnese...

Nós 5! Amo tanto...

Superior direito: Palazzo Farnese que abriga a embaixada da França, na Itália
Piazza Navona...

Sup. Esq.: O prédio da Embaixada do Brasil na Itália!
As demais fotos são na Fontana del Nettuno

Na Navona, Fontana dei quattro Fiumi, del Bernini... Linda!
Tuco encantado com o quadro pintado ali, na hora, à olhos vistos, com direito a malabarismos da artista que rodopiava as latinhas de spray antes de guardá-las. Massa!

"- Mãe, me dá uma moeda que eu quero ver ele se mexendo!!!"
 Era um outro artista de rua, perfeito!
Na gelateria Alberto Pica e depois, esperando o trenino para voltar pro carro!

        Roma é grande, não se conhece em um dia e não se relata em um Post!!!
        A doppo!